quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Dia Internacional do Voluntariado

05 Dezembro 2008

Em 1985, a Assembleia-Geral das Nações Unidas criou o Dia Internacional do Voluntariado com o objectivo de apoiar grupos dedicados a acções voluntárias em diversas categorias sociais. O dia escolhido foi o dia: 5 de Dezembro.

Segundo a ONU, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de actividades, organizadas ou não, de bem-estar social ou outros campos."

Hoje em dia, no mundo inteiro, o trabalho voluntário é sinónimo de exercício de cidadania (mais participativa e consciente), solidariedade e também de realização pessoal.

Ser Voluntário é descobrir que não vivemos sozinhos neste mundo e que todos têm vida própria, vontades e necessidades.

Ser Voluntário é ser humilde, abnegado, não ser egocêntrico e ter uma grande vontade e disposição para ajudar o próximo.

Ser Voluntário é ter a capacidade de prestar um serviço profissional e não esperar pelo seu pagamento (em dinheiro).

Ser Voluntário é ficar feliz com a felicidade dos outros e saber que contribuiu para que isso acontecesse.

Assim, o Voluntariado constitui um pilar fundamental de construção da sociedade civil. Desperta as mais nobres aspirações da humanidade – a procura da paz, da liberdade, igualdades de oportunidades, da segurança e justiça para todos.

Como dizia O Pequeno Príncipe: "Se eu sei que você vem às quatro, desde as três estarei à sua espera". Assim, lembrando as palavras da mesma personagem: "Você é responsável pelo que cativa".

Profª Augusta Lourenço

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

INCLUSÃO/EXCLUSÃO

“Não há, não,
Duas folhas iguais em toda a criação.
Ou nervura a menos, ou célula a mais,
Não há, de certeza, duas folhas iguais.”
António Gedeão

Estamos em Dezembro, mês de Natal, de luz e de cor, da lareira acesa, da família … da paz e do Amor que repetidamente se proclama nesta época festiva. Não vos queria falar de Natal, mas gostaria de vos falar de um dia – Dia Nacional do Deficiente – que se comemora este mês, talvez porque seja uma época onde nos predispomos à tolerância, … talvez por ser Natal.

Sou professora de Educação Especial, trabalho com crianças e jovens com necessidades especiais, sou cidadã deste país, sou mãe … Olho a escola como um local de formação e educação não apenas como um centro onde se preconiza uma instrução dirigida à “normalidade”. As políticas educativas sublinham que a Escola de hoje é um espaço onde se preconiza uma educação para a cidadania, autonomia e o sucesso numa perspectiva de EDUCAÇÃO PARA TODOS.

Mas afinal o que entendemos por EDUCAR? Dizem os estudiosos que Educar é proporcionar as condições necessárias para que cada um atinja o máximo das suas potencialidades, permitindo que cada um conheça as suas finalidades e seja capaz de encontrar e mobilizar os meios para concretizar essas finalidades. Educar é também formar o cidadão em todas as vertentes da cidadania.

Nas nossas escolas as crianças diferentes, aquelas por um motivo ou outro sentem mais dificuldade em realizar o seu percurso não podem ser penalizadas, precisam de ser ajudadas. Elas são capazes de realizar o seu percurso apenas precisam de mais tempo, de um maior suporte. É um processo onde toda a sociedade se deve implicar e muitas vezes este processo começa em casa, no seio da família onde se fomentam os valores morais e éticos.

A comemoração destes dias reduz-se a uma ou outra manifestação, de uma ou outra associação, a uma notícia de Telejornal, e logo nos esquecemos e continuamos como se nada tivesse acontecido. Esquecemos porque não vivemos as situações, não as sentimos por dentro, estas são aquelas coisas que só acontecem aos outros …

Faço-vos um convite … olhem à vossa volta e pensem se por acaso não existem nenhuma destas pessoas deficientes, eu diria diferentes, que vos marcaram. Eu conheci … no lugar onde nasci, o “Sebino”. O Sebino era diferente estava internado em Barcelos, só vinha a casa nas épocas festivas, ele era diferente … mas eu relembro o seu rosto, o seu jeito de falar, relembro com muito carinho, não por ser diferente mas por ser especial.

Hoje, gostaria que todos de alguma forma lembrassem que mesmo não sendo iguais, somos TODOS gente e merecemos respeito, igualdade de tratamento e amor.

É NATAL! É tempo de paz e de amor e

“Amar não significa tornar o outro adaptado, submisso ou semelhante a nós, amar significa libertá-lo, deixá-lo viver.”
Penny Mc Lean

Autor : Profª M. Rosalina Veiga